domingo, 29 de maio de 2011

Foi

ler ouvindo

Ainda consigo sentir o desespero, a angústia enlouquecedora que expulsa o ar e comprime meu peito. O frio, as mãos geladas, a TV ligada com o mesmo programa de cinco anos atrás. Cada grito deixa meu ritmo interno cada vez mais tonal. Os olhos molhados de tristeza. O vazio deixado na cama parece ainda deixar lembranças do domingo que fomos desconectados bruscamente.
Dois, três, cinco anos se passaram e meu corpo ainda guarda manchas, ainda existe a faísca que torna uma paixão latente. Não existe saudade, não existe desejo, não existe pranto.
Existe nostalgia do que fui.