quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Sobre as vidas mortas.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
2:40
domingo, 14 de novembro de 2010
Noite Colonial Coletiva Voadora
( @laissco )
( @babiavlis segundo @laissco )
( Lais e Bárbara )
( Eu Lais Barbara - Intimidadas pelo 'fotógrafo' )
( @laalap @babiavlis )
( Procultianos - exceto Max! )
O show começou. O coro também. E mais surpresa boa, apareceram mais pessoas incríveis! Logo surgiram as bolas coloridas, a rodinha com parte da banda ensaiando coreografias ao som de "Copacabana".
Acabado o show o pessoal da banda como sempre vai falar com o pessoal.
cara que tirou a foto! = / |
Cretton Bárbara Yo Eduardo Lais Rafaela )
( Orquestra Voadora )
( Orquestra Voadora )
( Max e Lais - Ato I )
( Max e Lais - Ato II )
( Max e Lais - Ato III )
Descemos a escada falando das coisas boas da noite. A ultima surpresa foi chegar na porta e ver que já tinha uns fios de luz e chuva, muita chuva! Não dava pra esperar, o jeito foi mergulhar naquele desfecho. Logo estava no ônibus e de volta ao outro lado da ponte.
sábado, 13 de novembro de 2010
Sereníssima
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Incômodo
Muitas coisas me incomodam. Muitas mesmo. Pessoas que falam perto demais, acordar porque desligaram o ventilador, perguntas óbvias em situações inapropriadas. Enfim, muitas coisas que não deveriam me incomodar acabam estragando meu dia. E uma em especial me tira do sério. Bom, todo mundo tem algum problema, considerando questões banais e questões mais sérias. Mas muitas vezes uma interpretação parcial, carregada de comparações - os meus problemas e os do outro - fazem um diagnóstico superficial, portanto pré conceituoso. E isso me irrita profundamente. Me provoca ira quando meus problemas passam por um olhar simplista, colocando todas as minhas questões num patamar bobo. Como disse todo mundo tem problemas, seja como conseguir dinheiro pra comprar alguma coisa inútil - ou não tão necessária - até qual será a real solução econômica para os países pobres e, claro, questões pessoais como 'quem sou eu?'. Cada problema tem sua relevância, e ele não perde nem ganha peso quando não é meu. Me provoca histeria quando sou subestimada, quando sou posta num nicho pobre. No emaranhado de pensamentos, bons ou não, meus problemas me limitam, da mesma forma que limita outra pessoa. Então porque teria o direito de julgar como 'fácil', 'médio' ou 'difícil' as questões alheias? E ainda por cima fazer analogias distantes de uma interpretação mais distante ainda? Isso definitivamente me incomoda!
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Paradoxo
Faz um tempo que estou vivendo um paradoxo de proporções sísmicas. O nascimento, a morte e o que vai no meio dessas duas pontas. Olho pro lado agora e vejo uma mulher, senhora - melhor descrevendo- com as unhas pintadas, o cabelo arrumado, roupas visivelmente cuidadas. Mas apesar de tanta vaidade a pele das mãos, dos braços, as pálpebras indicam sinal da velhice, da distância do nascimento, da proximidade com a morte. Vinda de trás, ouço risadas de uma menina. Não posso vê-la mas imagino que seja como qualquer menina de seis, sete anos. A voz, a viscosidade da pele, a ingenuidade são evidências de poucos anos de desgaste. E no meio dessas duas pontas, estou eu, perdida. Ver a velhice se aproximando, não só de mim, me faz querer desistir de tudo e sentar para assistir a efemeridade da vida. Como pode tanta coisa, tanta densidade, tanta dor, sofrimento, saudade, desgaste para tão pouco tempo de vida? Sinto falta incontrolável do que eu fui, sinto saudade das pessoas com quem convivia. Sinto falta principalmente da leveza que eu tinha. Estou sozinha agora. Isso não me assusta nem me envergonha. Acho que não aprendi ainda a reciclar minhas perdas em algo produtivo. Parei numa fase improdutiva, triste e solitária. O que impede um impulso para sair desse estado é o tal paradoxo, vida e morte. Não sei administrar o futuro e a possível mediocridade, que qualquer um está sujeito, mas que eu sempre tive medo de me ver desse jeito. Saber entender, aceitar e adaptar minhas limitações com os sonhos e planos embaçados não é tão simples para mim. Apostar em escolhas sem abrir brechas para dúvidas sempre parece impossível. Não vejo solução imediata para isso, estou apenas vivendo coisas, sem euforia, paixão,apego. Estou cansada, aos vinte anos.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Cidade Deserta
Azul. É a cor predominante aqui. Vem do céu e inunda as casas, as ruas, as pessoas. É como a cegueira de quem chega perdido numa praia deserta. O único som é o vento. Ensurdecedor. Sem esquinas nem objetos no caminho para alterar seu timbre. Estou perdida numa cidade deserta. Aqui não tenho família. Aqui meus sonhos são turvos. Aqui sou assexuada. Aqui não tenho paladar. O sol é motivo de solidão como a chuva é de tristeza. As pessoas são desconfiadas, os cachorros são traiçoeiros. Aqui toda a minha sensibilidade é decantada. É separada da indiferença que se tornou a marca relevante. Não choro mais. Não escrevo mais. Não canto mais. Não desejo mais. Não desejo mais nada. Até pouco tempo atrás me sentia como um bêbado que tem e sabe o caminho de casa. Agora não tenho mais casa. Agora me sinto sem teto, sem carinho, sem cuidado, sem amor. É estranho como isso não me dá mais nó na garganta. Tudo parece estar dormente, petrificado, esperando umas palavras mágicas, uma reza forte.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Y
Depois que ele me abraçou e beijou com um carinho triste, falou 'Se cuida' e foi embora senti como se perdesse alguma coisa naquele momento. Não sei descrever o que exatamente. Basta dizer que depois desse segundo de despedida irreversível o sofrimento da perda foi o suficiente pra me engolir. Culpei minha fase apática. Mas isso não representa nada além de uma desculpa fraca. A euforia não foi suficiente dessa vez. O carinho nasceu e cresceu, isso é a única coisa que me alenta quando lembro de você, tão perto e tão longe. Saudade possível de se matar talvez não exista mais. Saudade de dias bonitos e da noite de ciranda são impossíveis de matar. Você vive em notas de samba, em dias de luta, em ideias produtivas, em novos valores.